quinta-feira, 4 de março de 2010

último pensamento

Liguei a tevê e estava passando o seriado que sempre gostei de assisti.
Desliguei o áudio e aumentei o som.
Sem delongas e sem palavras complexas, era somente eu, as imagens e um som que entrava nas paredes.
Cara, como eu queria ter um gato que fala, uma biblioteca com livros até no chão, um ET que sempre me visita, três amigos para brincar todas as tardes, uma tia bruxa e um tio feiticeiro, uma grande árvore na minha sala, com uma cobra rosa que é doce, doce como a vozinha de duas fadas atrapalhadas ao alto, que divide o doce com o som suave de passarinhos músicos...
Ah! Que doce infância, doces palavras, brincadeiras
E de repente descubro que tenho tudo isto
É, eu tenho sim
Dentro de mim, no âmago que ninguém ousa chegar (e eu nem permito)
Tenho este mundo, só meu, somente meu
Egoísmo? E quem não é?
Infeliz daquele que nega

Tenho um mundo mágico só meu, somente meu

De repente, um passarinho pousa na minha cabeça
Passo a mão e olha!
Tenho um penteado estranho que nunca desce
Parece uma tímida árvore que nasce
Entre o caule dos meus cabelos


2 comentários:

  1. Bum Bum Bum. Castelo Ratimbum!
    Seria bom mesmo voltar à infância e desfazer os erros e as escolhas mal sucedidas. Seria bom viver num mundo mágico onde a única preocupação fosse defender um castelo.

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  2. :-) Seria bom... Seria o sonho das nossas vidas. Um sonho tão pequeno e sem ambição. Mas de plena felicidade. Linda a foto.

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