segunda-feira, 29 de março de 2010

29 de Março

-"E foi assim mesmo, assim como a História conta.
Que se dane também, não vou seguir nada não.
Entrei nisso p ser justamente livre e não me venha falar asneiras não
É tudo a mesma coisa mesmo, música, literatura, piano, blues, cigarro e esses cabelos no meu colo.
MARIA! Cade minha dose de uísque?"

Foi só pousar a bolsa na cadeira a lado e sentar que um bombardeio de pensamentos foram lançados.
O sol estava escaldante do lado de fora do restaurante, sorte que tinha uns papéis e não precisei sair para compra-los. Não obstante, a tinta da caneta acabou, no nascimento do A.
Aquela carne cheia de brincos sentou-se e se apresentou. Não deveria saber o porquê e nem queria.
Era ele, eu sabia e ele também.

Ficamos ali, escrevendo e falando asneiras, bêbados.
Trouxe um maço de cigarros [que não fora consumidos, mas como estética, estavam lá. Charme parisiense] e uma garrafa de uísque.

Era um desconhecido até eu descobrir que ele tinha dentro dos olhos a mesma visão da mini biblioteca da rua Brasil.

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