segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Hoje


Hoje, liberto todo o meu passado
Hoje, as correntes que enferrujaram meu pulso foram quebradas
Agora quero que as folhas se mexam quando eu passar
Quero que o vermelho pulse no marrom das minhas veias

Hoje, caro amigo, quero respirar o ar morno das florestas
Hoje, caro amigo, quero viver. Viver nas entranhas perfumadas no teu corpo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

De repente


De repente
Os dedos se separaram
De repente
A chuva começou
De repente
A música melancólica fez sentido
De repente
As luzes dos olhares se apagaram
De repente
O ponteiro do relógio é ouvido
De repente
Não há sorrisos e dias ensolarados

De repente
De repente
De repente

A dor martela
Arde
Mata
De repente
O oceano invade o travesseiro
De repente
A gente cai
De repente
A gente pára.

domingo, 7 de outubro de 2012

Até que um dia, alguém reparou nos longos e enrolados cabelos negros
Eles estavam imóveis
Volumosos
Não tinha nada que chamasse atenção
A não ser as curvas e mistérios em cada esquina
Que guardava