quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bela Lugosi's Dead

White on white translucent black capes
Back on the back
Bela lugosi's dead
The bats have left the bell tower
The victims have been bled red velvet lines the black box

Bela lugosi's dead
Undead, undead, undead

The virginal brides file past his tomb
Strewn with time's dead flowers bereft in deathly bloom
Alone in a darkened room, the count
Bela lugosi's dead
Undead, undead, undead

Undead
Oh, Bela, Bela's undead

For all the lover's dracula P&B!
Music from Bauhaus
Today!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Cinza

Acorda menina! O sol já estreiou, o dia já nasceu.
-Não quero abrir os olhos, deixa eu dormir... o dia todo!

Que os pesadelos sejam afastados, a força esteja comigo e os sonhos voltem a decolar.
Que assim seja!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Primeira Manhã de Junho

E de repente foi assim. Soltamos risos, atraimos olhares, deixei minha meia aparecer e as marcas dos  meus braços. Simples, como ser embrulhada pela mamãe antes de dormir e me sentir a garota mais feliz do mundo porque fui embrulhada pela pessoa que mais me ama. Em todo o mundo. De repente, quis sair e dizer que eu estava feliz. Não feliz com eles, mas comigo. De repente o sorriso se expandiu e lá da outra esquina alguém sorria pra mim. De repente, eu corri e um negro alto com sorriso largo falava: É lindo o jeito que você corre.
E fiquei rubra, pequena, tímida. Mas feliz.
"Nossa, alguém viu como eu corri. Segurei minha bolsa e alguém achou lindo. Que lindo!"
Ouvi música nos ouvidos e a música dos passaros. Ambos, simultaneamente.
"O que voces querem ein? Estou ouvindo música, mal educados!"
-Eu quero a sua atenção, sua boba.
E tirar, um lado para eles e outro para a música, mesmo eles sabendo que ambos estavam SÓ pra eles.
As pessoas? Ah, elas eu nem olhei. Só sorri. Sorri com os olhos, com a alma, com as mãos.
Uma esquecida e invisível sorrindo para mãos calejadas que circulam o centro.

Paguei uma dívida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

23/06

Não sei, mas algo eu sei que está errado.
Bem, eu não faço o estilo indie.
Nem qualquer outro.
Talvez seja isso que incomode as pessoas. Ou as afastem. Vivo sozinha desde sempre, desde q me entendo por gente. Ok, sei que feiona não devo ser, já que ouço elogios na rua (mesmo que seja de velhos bebados em manhãs de segunda feira).
Bem, seja la por qual motivo for, foda-se. 
Não vou cortar o cabelo e deixa-lo alisado so p impressionar. Nao vou usar oculos sem grau, all star vermelho, SO p dizer q sou cult. Nem vou comprar pilhas de livros e filmes e nao assistir nem a metade so p dizer que tenho e que sou a menina mais inteligente do bairro.
Continuarei lendo Drummond e Bukowski com a mesma naturalidade.
E mesmo q me doa todos os dias voltar sozinha para casa, nao vou me incluir em nenhum grupo so p ter alguem p conversar na hora da saida.
Continuarei fazendo meus exercicios, indo a Orla, beijando o céu e voltando p casa sozinha.
Assistir tela quente e aquele filme que ja vi trilhoes de vezes. Sozinha.
Ouvir a mesma musica quatrilhoes de vezes, sozinha. Sozinha.


É, posso estar sendo foda-se demais e por isso vivo sozinha.
Se for p ser assim, serei.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

11/06

Ele entrou com flores, passando por cima de todos
mas entrou
era para ela e isto estava estampado nos olhos dele
por um momento, uma pitada de inveja
''odeio flores, mas queria.''
ele desceu, com os olhos claros de esperança
e eu continuei sozinha
olhando pela janela do onibus o amor passar distante de mim.

Sobre estar só, eu sei.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tarde

Na agonia da tarde, na barulheira dos carros
Os pés cansados, os dedos calejados
A rua cheia e fedendo a queimado
A mente baixa e olhos pesados
Fim de tarde, carros agitados
A perturbação dos versos mal feitos
Da técnica mal realizada
Das palavras mal organizadas
Jogadas no meio da rua empoeirada

No fim, não mais que isso
O homem que acena para o cachorro
A música que marca a adolescência
O velho na casa abandonada
Escuro e sereno
Fecha e sauda a rua com os acordes
do violão amadeirado
E tudo pára.
Tudo pára para ver o homem negro tocando,
grandioso, do outro lado da luz
Tocando para quem o conduz.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Rita

Rita tem um quadro na parede da sala
Todos os dias ela o olha,
recordando do dia em que ganhou
As fotos saem amareladas
Mas Rita não se importa
Ganhou uma máquina fotográfica
Chora e ri com ela
Rouba pessoas
Rouba as jóias que sempre quis
Rita tem tudo
Tudo dentro de sua máquina

Rita chega em casa
Tira o casaquinho da cor da pele
Acende uma vela
E começa a cantar com o quadro e a foto amarelada
Da sua sala.