quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Suzana

Meia Noite. O salto quebrou. O dinheiro acabou. Marília tinha perdido o número do carinha que conhecera noite passada. Perdida no centro de Manaus, com o nariz dolorido e os pés sujos.
não tinha para onde ir, não queria ter para onde ir.
Dane-se o que iriam pensar dela. Uma advogada bem sucedida, dona de propriedades na capital e no interior, conhecida entre a sociedade.
Suzana não queria saber de nada nesta madrugada. Vagou entre as prostitutas, os mendigos, bêbados, conheceu a visão soturna de uma cidade quente e vazia. Cheirou o fétido Rio Negro na negritude do Porto.
Caiu na sarjeta da Avenida Eduardo Ribeiro.
Suzana. Bem sucedida. Conhecera-se nesta noite.